quarta-feira, 25 de março de 2009

A tribo surfista


Por Leticia Born

Chegou a hora de falar sobre a tribo paulistana que faz questão de descer todo final de semana para o litoral pegar onda. Resumidamente, os surfistas fazem de tudo em busca da onda perfeita.

Antes, um pouco da história desse esporte: introduzido no Havaí por um rei polinésio, em que pranchas de madeira eram utilizadas, o surf era inicialmente praticado por canibais da ilha Chuka-Chuka (no Havaí).
Porém, quando o havaiano Duke Paoa Kahanamoku venceu um campeonato em 1912, na cidade de Estocolmo, ele passou a ser um forte divulgador do esporte, e o surf começou a se tornar conhecido.
A partir de 1950, o esporte se tornou popular nos EUA, e nas décadas seguintes, outros países ricos em ondas, se tornaram famosos por seus campeonatos e associações de Surf, como a Austrália ou a Indonésia. O atual campeão de surf mundial é Kelly Slater (nove vezes campeão!).

Desde então, o surf ganha cada vez mais adeptos, seja por aqueles que desejam um corpo mais bonito, como mostra essa reportagem da revista Boa Forma, ou
simplesmente porque acreditam no bem-estar que o esporte traz.

O surfista de verdade faz questão de ser bem equipado: além da prancha, e o leash (corda que liga a pranha à perna), lycras e outros equipamentos são bem vindos.
A tribo do surf geralmente faz questão de ir no final de semana para o litoral, como afirma a surfista aprendiz, Marina, 22, estudante de Administração na PUC-SP: “para mim é muito ruim ter que ficar em São Paulo no final de semana, eu me sinto angustiada se não consigo ir pra praia”. Os surfistas normalmente fazem questão de andarem com outros da mesma tribo e apresentam um certo repúdio às baladas, grifes e vida noturna agitadíssima. Preferem aproveitar o dia na praia pegando onda, e à noite, cansados, escutarem uma música à la Jack Jonhson. No geral, são pessoas que preferem a tranquilidade.

Aqui algumas gírias comuns à tribo surfista:

Drop: descer a onda até em baixo
Big rider: surfista que é bom e gosta de pegar ondas grandes
Bro: abreviação de brother (irmão)
Pró: surfista muito bom ou profissional
Maroleiro: surfista que só vai nas ondas pequenas
Marola: onda pequena
Pipeline: onda em formato de tubo
Prego: surfista ruim
: "pode crer"
Swell: ondulação.

Para saber notícias e informações sobre campeonatos, visite o site da Associação Brasileira de Surf Profissional.



Aqui neste blog
você encontra notícias e fotos sobre surf, escritas pelo jornalista Túlio Brandão.

Para você entrar um pouco no clima do surf:



Veja o trailer do filme “A Onda dos Sonhos”, história de uma surfista que tenta ganhar a Pipe Masters, campeonato no Havaí, conhecido por seu grau de dificuldade.
http://www.youtube.com/watch?v=ljN7SEEwhmM&feature=related

Aqui, http://www.youtube.com/watch?v=3GTmg17O-x0, o trailer do filme “Surf Adventures”, um documentário brasileiro sobre o surf.

E aqui, http://www.youtube.com/watch?v=hjjcJsr9_B4, uma dica divertida: o trailer do filme “Ta dando Onda”, que conta a historia de um aprendiz a surfista: um pingüim.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Tribo dos Emos


Por Renata Razera


Existem várias versões que tentam explicar a origem do termo "emo", no entanto, a versão mais aceita como real é a de que o nome foi criado por publicações alternativas como o fanzine Maximum RocknRoll e a revista de Skate Thrasher para descrever a nova geração de bandas de "hardcore emocional" que aparecia no meio dos anos 80, encabeçada por bandas da gravadora Dischord de Washington DC, como Embrace e Rites of Spring, além de Gray Matter, Dag Nasty e Fire Party.
Nesta época, outras bandas já estabelecidas de hardcore, como 7 Seconds, Government Issue e Scream também aderiram à esta onda inicial do chamado "emocore"diminuindo o andamento, escrevendo letras mais introspectivas e acrescentando influências do rock alternativode então.
É importante destacar que nenhuma destas bandas jamais aceitou ou se auto-definiu através deste rótulo. A palavra "Emo" é vista como uma piada ou algo pejorativo e artificial.
O gênero (ou pelo menos o clássico estilo de Washington, o DC Sound) primeiramente explorado por bandas como Faith, Rites of Spring e Embrace tem suas raízes no punk rock.
No começo dos anos 80 houve uma evolução do gênero e durou até 1993 com as bandas Indian Summer, Moss Icon, Policy of Three, Still Life e Navio Forge Essas bandas intensificaram o estilo emocore, a maioria sempre fez uso de berros e gritos durante a apresentação, e motivo para muitos fãs de hardcore depreciarem os fãs de emo como "molengas".
Assim como foi infundida uma nova intensidade para o emocore, o emotional hardcore levou essa intensidade a um nível extremo. A cena teve início entre 1991 e 1992 com as bandas Heroin, Portraits of Past e Antioch Arrow que tocavam um estilo caótico, com vocais abrasivos e passionais.
Após a supervalorização inicial da intensidade e da sonoridade caótica, o emotional hardcore sofreu um processo de "desacelaração". As bandas Sunny Day Real State e Mineral basearam seu estilo no Rites of Spring, outra banda do gênero emo.
Nota-se uma nova tendência emo em abandonar o punk distorcido em favor de calmos violões. Na cultura alternativa diz-se que alguém é ou está emo quando demonstra muita sensibilidade.
Chegada ao Brasil
O gênero se estabeleceu no Brasil sob forte influência norte-americana em meados de 2003, primeiramente na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos,Trajes Listrados, Mad Rats,tenis All Star Cabelos Coloridos e franjas caídas sobre os olhos.Usam também roupas multi coloridas e estampadas baseadas na moda do Japão.
As principais bandas Emo da atualidade são My Chemical Romance, Simple Plan, Nx Zero, ForFun, The Used, Dashboard Confessional, Good Charlotte, Panic! At the Disco, Dance of Days, Fresno, mxpx, No Use For a Name, Emo, Yellowcard, Taking Back Sunday, The Ataris, Jimmy Eat World, Killi, Juliana’s, entre outras
Os “Emos” são facilmente reconhecidos nas ruas, e costumam sofrer fortes preconceitos devido ao estilo marcante e diferenciado.Em vários países do mundo, como México, Estados Unidos, Rússia e Brasil há casos de violência contra os adeptos dessa tribo, em alguns casos os agressores eram skinheads.

Nesses links há mais informações sobre o comportamento dessa tribo,as agressões sofridas e ainda um teste para descobrir se você é um “Emo”.

http://www.estiloemo.com.br/bandas-emo/
http://emo.top.etc.br/noticias/adolescentes-emos-sofrem-agressoes
http://ru.shvoong.com/humanities/1830986-lei-anti-emo-pode-entrar/http://www.osvigaristas.com.br/testes/emo/

Bandas de Garagem


Qual adolescente apaixonado por musica nunca quis ser um super star? Ser igual aos ídolos, cantar  e tocar para milhares de pessoas, ser reconhecido por onde passa, ter milhões de fãs , muito dinheiro, status e tudo isso fazendo o que mais gosta, musica.  Mas para tudo isso acontecer tem que ralar, e muito! Pode ter certeza, toda banda que hoje em dia faz sucesso começou de baixo, com uma banda de garagem.

As bandas de garagem surgiram na década de 60 na América do Norte, com a popularização do rock and roll . No inicio os ensaios eram feitos realmente em garagens, hoje em dia vale qualquer lugar, quarto, sala, tudo, e isso para o desespero dos vizinhos, já que a grana quase sempre é curta e não dá pra alugar um estúdio improvisam-se tudo como colocar caixa de ovos nas paredes para abafar o som, amplificadores não muito bons, entre vários improvisos, mas isso  tem de ser feito sem desrespeitar a Lei do Silêncio que existe desde 1969 e diz que não se pode fazer barulho acima de 85 decibéis entre 22h e 7h.

  Em São Paulo essa prática é muito comum, adolescentes, geralmente os de classe média, se juntam com amigos que tem o mesmo interesse o gosto musical e com o conhecimento que tem de instrumentos se reúnem e formam uma banda, no começo tocam em festinhas de amigos, em casa mesmo, depois quando já tem quem banquem alguma coisa, começam a tocar em casas de show, várias bandas paulistas que hoje em dia já tem o seu lugar ao sol, começaram dessa fora, como é o caso do CPM 22, NXZERO, Charlie Brown Jr. Entre outros, a brincadeira acaba virando profissão!

Na capital paulista existem vários lugares que dão espaço para os iniciantes, como bares e pequenas casas de show como o The Wall, Blackmore,  Hangar 110, entre tantos outros. Existe um site que dá todas as coordenadas para quem tem ou está pensando em montar a sua própria banda é o http://bandasdegaragem.uol.com.br/ , nele encontra-se musicas de bandas iniciantes, lugares para tocar, noticias e entrevistas, neste outro http://www.tosembanda.com.br/ a pessoa pode procurar por bandas, é uma espécie de classificados, o interessado coloca lá o que deseja, suas qualidades, e tudo mais a fim de achar uma banda que combine com seu estilo.

Hangar 110- Rua Rodolfo Miranda, 110 - Bom Retiro. Tel: (11) 3229-7442

The Wall- Rua Treze de Maio 152- Bixiga. Tel: (11) 3255-9642

Blackmore- Alameda dos Maracatins, 1.317-Moema. Tel: (11) 5016-3904

domingo, 22 de março de 2009

Tribos Urbanas


Desde o século XVIII, a revolta social vem se agarrando ao comportamento e à identidade sexual expressos no vestuário, que anteriormente era o sinal direto do nacionalismo ou da revolta política. No século XIX, o vestuário passou a significar também, tanto a dissidência do grupo como a dissidência individual, especialmente no caso dos homens. A figura crucial nesta transformação foi o dândi, impondo-se contra os exageros de rendas e brocados. Arquétipo do novo homem urbano para quem a aparência era uma realidade; a imagem como expressão narcisista de novidade. Porém a moda, enquanto empreendimento coletivo e, simultaneamente, individualista, é um meio de expressão em larga escala da solidariedade e da identidade de grupos de iguais. Para compreendê-la dentro de seu universo contemporâneo, temos que nos debruçar sobre o traje como universo de socialização, que virtualiza, também a alienação, o desvio, a revolta e, portanto, sobre os estilos de oposição, que hoje estão visíveis nas modas comportamentais.
Os movimentos de cultura de moda, que envolvem o vestuário dos adolescentes nas cidades contemporâneas, têm sido identificados como movimentos que se reconhecem como Tribos Urbanas, que seriam tribos comunidades de sobrevivência afetiva nas culturas urbanas das grandes cidades contemporâneas. Cada uma destas, estiliza-se através de seu vestuário e se organiza em torno de um líder espiritual distante, um ídolo musical ou esportivo que, reúne projetos momentâneos e anseios de curto prazo dos membros da tribo. Na pré-história, os grupos humanóides se fortaleciam por interesses em comum e genomas em comum, e hoje isto se repete com um certo grau de relevância, o que é bastante interessante, visto que as subespécies humanas tendem a se aglomerar nas cidades e abandonar culturas instintivas - o que tem se provado falso na prática principalmente graças ao advento da internet. A expressão "tribo urbana" foi cunhada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, que começou usá-la nos seus artigos a partir de 1985.
Essas são constituídas de microgrupos que têm como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Essas agregações apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos, maneiras de se vestir, estilos musicais e/ou ideologias políticas semelhantes. Algumas tribos são alternativas à ordem social baseada na organização familiar, outras são apenas nomes genéricos dados a determinados grupos de pessoas. Segundo Michel Maffesoli, o fenômeno das tribos urbanas se constitui nas "diversas redes, grupos de afinidades e de interesse, laços de vizinhança que estruturam nossas megalópoles. Seja ele qual for, o que está em jogo é a potência contra o poder, mesmo que aquela não possa avançar senão mascarada para não ser esmagada por este”. Há muitos séculos o jovem é visto como rebelde, inconsequente, irresponsável, hoje pesquisas mostram que os jovens possuem ideais e noções amplas sobre o mundo .
Entretanto, nessa fase de mudanças na adolescência à vontade de agir por si só e se desvincular de seus pais, é grande. Por isso, a busca de uma turma é, em geral, um refúgio a muitos adolescentes, que procuram formar uma identidade que lhes satisfaçam. Esta identidade se dá na segurança que encontram num determinado grupo, no qual haverá jovens que falam a mesma língua, possuem os mesmos costumes, em busca do encontro, do proibido, do prazer, de diversão e de um ideal que os façam diferentes. Fazer parte de uma tribo torna o jovem mais espontâneo e sociável, saindo assim, da homogeneidade do mundo para assumir uma identidade, a fim de defender um ideal. Existe uma infinidade de tribos, os clubbers, punks, rpgistas, micareteiros, góticos, evangélicos, blogueiros, vestibulandos, surfistas, baladeiros, emos, headbangers/metaleiros, hippies, nerds: Geeks, Trekkers, Otakus e Afins, patricinhas, rockeiros, skinheads e etc, mas o melhor em fazer parte de uma tribo é que todo mundo se respeita e compartilha momentos de alegria e evolução juntos.
E é isso que vamos abordar nesse blog, mostrando como alguns grupos aqui de São Paulo agem, quais são seus ideais, seus valores, suas maneiras de se vestir, seus hábitos e suas ideologias. Tomara que vocês gostem e caso haja alguma curiosidade ou uma identificação com alguma tribo perguntem, questionem, respondam em nossos comentários, porque ficaremos muito gratas em ajudá-los.