domingo, 17 de maio de 2009

Intercambistas II

Por Leticia Born
Retomando um post antigo, a vontade de escrever mais sobre essa incrível tribo, surgiu.

Para os intercambistas, a aventura começa no aeroporto. Passadas as burocracias e a noite mal dormida tamanha a ansiedade por viajar logo, você se dá conta que sua epopéia pessoal está para começar. Sentada na poltrona do avião, percebia que eu não era a única intercambista: uma ia para a Inglaterra fazer curso de Design de interiores, outro ia para Roma, aprender italiano. Todos, inclusive eu, pareciam não entender muito o sentimento que guardavam dentro de si: misto de ansiedade com medo. Não importa o que você vai fazer no exterior, indo de um simples curso de idiomas até especialização em uma universidade, o “medinho” que se sente é comum a todos os intercambistas. Mas essa insegurança costuma passar logo. Após dois dias presa em Guarulhos por “falta de uma peça no avião”, finalmente estava embarcando para a Espanha. Assim que cheguei na cidade de destino, minha mala não estava lá para me acompanhar na trajetória. Talvez fosse Deus dizendo que não era para sair do Brasil. Passada a frustração, a aventura começou: uma rotina de aulas de espanhol, seguidas de praia, e à noite festa, me deixaram mal acostumada e surpresa com a qualidade de vida daquele país sensacional. Os intercambistas possuem o instinto de se unirem: unidos, venceremos. E comigo não seria diferente, me agrupei com outros brasileiros que passavam pela mesma experiência que eu. Mas aos poucos, estrangeiros foram se unindo também, e logo, um misto de culturas estava feito, e aquilo foi um exercício para a memória e para meu aprendizado da língua. Aprendi muito com a riqueza de culturas que se encontrava ali.


Os intercambistas se unem em uma explosão de culturas

Mas a vida de intercambista não são mil maravilhas: perrengues e se encontrar em uma situação difícil de sair, são comuns, para não dizer constantes!O intercambista abre sua cabeça e começa a aceitar situações e costumes que definitivamente não são comuns em seu país.



O intercambista constantemente se assusta com o choque cultural

As aulas são apenas parte da experiência do intercambista, que no fundo ganha experiência, mundivivência e historias para contar. As viagens e as estadias em albergues são uma experiência a parte, capaz de abrir seus olhos perante a novas realidades. A tribo dos intercambistas ganha experiência e maturidade, e ao retornar ao pais de origem, percebe o quanto aquela viagem engrandeceu sua cultura.

As aulas são apenas parte da experiencia do intercambista

sábado, 16 de maio de 2009

Sertanejo Universitário


Por Paula Pino

Para uma típica garota urbana com um gosto musical também urbano, não fazia muito sentido estar em meio a cowboys e cowgirls de chapéus, bota, e fivela ao som de duplas sertanejas cantando o sertão, o amor, e as desilusões amorosas. Pois na minha cabeça essa seria a imagem de um show de duplas sertanejas, puro engano. Indo a um desses pude perceber que desde Chitãozinho & Xororó muita coisa mudou. Músicas aceleradas, com uma levada de rock, pop e axé, além de regravações de musicas que fizeram sucesso em ritmos bem diferentes. Assim descobri um novo estilo musical o Sertanejo Universitário.  Para quem tinha um total preconceito com o sertanejo, até que experiência foi bem prazerosa. Musicas fáceis de decorar, bem estilo chiclete que não sai da cabeça, porém divertidas e gostosas de cantar. E quem esperava ver cowboys de fivela, espora e chapéu se surpreendeu ao ver jovens universitários bonitos e bem vestidos fazendo parte da platéia, isso, talvez, pela influencia daqueles colegas que vieram do interior e trouxeram consigo seus costumes e gostos musicais e enfeitiçaram seus amigos paulistanos ex-preconceituosos com a musica sertaneja, que é o meu caso.


No show,  que no caso era da dupla João Bosco & Vinicius, famosa entre o publico universitário,via-se de tudo, desde típico peão, a empregada doméstica até a patricinha. Todos se deixando levar por um ritmo empolgante que fazia todo mundo cantar em alto e bom som. Efeitos especiais, fogos de artifício, telões tudo da maior tecnologia não devia muito à shows de superestrelas internacionais.  Cantaram musicas próprias como “Chora, me liga” e “Sufoco”, sucessos da dupla, na hora dessas músicas o pessoal foi ao delírio, além de musicas conhecidas na voz de outros grupos como Inimigos da HP (pagode). Já para o fim a da apresentação uma chuva densa começou a cair, mas nem assim o publico desanimou, os cantores, muito animados, também não desistiram e incentivaram a galera molhada a fazer um corredor e irem de um lado para o outro, como se faz nas micaretas. Depois dessa pensei “realmente o sertanejo está bem mudado”.  Sai de lá gostando do que vi, e deixando de lado um preconceito tolo que tinha do interior e de sua musica e com aquele gostinho de quero mais.

 


sexta-feira, 15 de maio de 2009

"We forward in this generation triumphantly"

Por Leticia Born

Ali estava uma multidão trajada de vermelho, dourado/amarelo e verde. Todos pareciam contentes, felizes e extasiados de compartilharem um interesse em comum: o reggae. Para essa tribo, o “rei” é Bob Marley. Shows desse estilo musical são recorrentes, mas esse evento era especial. Para a tribo dos regueiros, aquela noite representava um resgate à história da maior banda de reggae de todos os tempos: The Wailers - sim, a banda por trás do “rei” Bob nos tempos memoráveis. Todos ali compartilhavam da mesma vibração, e diga-se de passagem, também dos mesmos trejeitos: roupas mais largas e despojadas, referências ao “rei” e à Jamaica nos braços, cabelos, camisetas e gorros.


Bob Marley and The Wailers: ícones para os regueiros

No dia a dia, se deparar com um regueiro de verdade é comum, e aprendi que deve-se tomar cuidado para não confundir este com aquele que somente veste-se à la Bob Marley, mas não sabe nada do rastafarianismo – movimento religioso que proclama Haile Selassie I, imperador da Etiopia, como a representação de Jah (Deus) na terra, e que surgiu nos anos 30 na Jamaica. Afinal, se você é regueiro de verdade e obviamente, possui admiração por Bob Marley, tem que saber das origens de suas convicções, certo? Não são só as roupas que fazem dessa tribo ser o que é.

O "rei"

E o show começou. A sensação que se tinha é que haviam colocado um cd do Bob para tocar, tal era parecida a voz do cantor substituto com a do “rei”. Ah, para aqueles que não sabem: sim, Bob Marley já não está mais entre nós, reles mortais. Mas para a tribo dos regueiros, o “rei” permanece, e continua contagiando os corações e mentes de muita gente. O show foi uma forte confirmação da figura histórica que Bob é e de toda a influência que ele deixou na música mundial.

Reparei que muitos fechavam os olhos, se deixavam levar por aquele ritmo seqüencial, marcante do reggae, talvez imaginando como teria sido conhecer o “rei”. Mas a constante “fumaça” desagradou. E aí entra outra questão polêmica: sim, o uso da ganja ou maconha, para os leigos, é vista como atitude sacramental pelos rastafáris. Mas no Brasil, e talvez no resto do mundo, aos olhos dos que não fazem parte dessa tribo, ser regueiro virou sinônimo de “maconheiro”, o que mostra uma completa desvirtuação dos valores da filosofia rastafári.

Ao acabar o show, saí realizada, mas com milhões de pensamentos desconexos na cabeça. Entender essa tribo parece fácil, mas não é. Existe muita história, sentimento e identificação dentro dessa tribo, que hoje em dia, é vista com preconceitos, mas que por outro lado, também é capaz de gerar muitos outros, já que se caracteriza por preservar uma cultura e religião totalmente diferentes do que a maioria preserva e enxerga como aceitável. Mais uma tribo incrível.
Visite aqui!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Tribo Corintiana - Crônica

Por Leticia Born

Corinthians X CRB, 10 de maio de 2008. Nesse primeiro jogo do time alvinegro na Série B, a energia era intensa. Para uma leiga em futebol e virgem em assistir um jogo ao vivo como eu, todos os detalhes da partida eram encarados como experiências novas constantes! A tribo dos torcedores de futebol era vibrante, contagiante. Parece brincadeira, mas a massa corintiana havia me infectado com sua empolgação. Percebi na tribo um sentimento de que o mundo iria acabar se o Corinthians não ganhasse. E ganhou! Por 3 a 2 contra o CRB de Alagoas, os torcedores deixaram o Pacaembu em estado de êxtase, sensação de dever cumprido.

Aprendi algumas lições: ir a um jogo de futebol exige preparação, como tomar uma cerveja antes, usar a camiseta do time, e quem sabe, tentar deixar o nervosismo em casa. Assim que entrei no estádio, me senti maravilhada de ver um campo vazio, me deu uma certa “alegria brasileira”, e compreendi um pouco mais o motivo da adoração dos torcedores pelo futebol: a sensação é muito gostosa.

Por falta de conhecimento futebolístico, claro que o que mais chamava atenção era a diferença entre as torcidas, que ficavam da arquibancada verde para a amarela mais ou menos nessa ordem: Pavilhão 9, Camisa 12, Estopim e Gaviões!


Pavilhão 9,prazer em conhecer.

O jogo rolava e eu não tirava meus olhos de uma torcida específica: o Pavilhão 9. Vestidos de presidiários e com uma empolgação fora do comum (não sei de onde tiram tanta energia! Talvez minha dificuldade esteja no fato de que não sou uma torcedora.), achei incrível a movimentação de tantos corpos juntos, balançando em um mesmo ritmo. O efeito que se tem é quase artistico.

E absorta em pensamentos que me faziam viajar cada vez mais longe do estádio… GOL! O Segundo gol do Corinthians me fez cair na real, e para me acordar mais ainda, fui levada entre os torcedores em uma explosão de emoção. De repente me vi comemorando também, eu que há uma hora atrás afirmava para todos:”não torço para ninguém! Futebol não é tão importante assim!” E foi então que percebi, torcedor corintiano é emoção, é raça, é impulso! Acredito que essa característica é comum para todos os torcedores de futebol.

Por fim, o jogo acaba, e voltando para casa a pé, me sentia diferente: parte de um conjunto. Tinha a estranha convicção de que, em alguma maneira, fui importante para aquela massa, para aquela emoção, para a transmissão quase viral de energia.
Os torcedores se unem em prol de um objetivo em comum, conhecidos se tornam melhores amigos. E parece que não existem problemas durante aqueles 90 minutos de existência de um mundo particular, à parte da São Paulo caótica e real. Quem dera a vida fosse feita das sensações obtidas em um jogo em que seu time é vitorioso.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tribo dos Flashmobbers


   Lançados em Nova York, os flashmobs são encontros em locais públicos programados por correio eletrônico, blogs, orkut e mensagens de telefones celular. Os participantes realizam em conjunto alguma atividade ou "performance artística" para chamar a atenção – em geral, o ritual não faz sentido nenhum – antes de se dispersarem rapidamente.
    O grupo brasileiro é composto por internautas que se empolgaram com as notícias de "tumultos-relâmpago" estrangeiros e a idéia central dessa nova onda não costuma ter conotação política – os flashmobbers atendem aos chamados eletrônicos em geral em busca da quebra da rotina e de diversão.
São Paulo, só esse mês já contou com dois desses encontros, o primeiro no dia 04 de abril as 17h, em frente ao Obelisco do Parque do Ibirapuera, em que todos se reuniram munidos de travesseiros para travar uma guerra de travesseiros. E o outro foi no ultimo dia 16. O encontro foi marcado para a estação de metrô Paraíso as 19h30min, e todos deveriam viajar até a estação Vila Madalena sem calças. O evento causou grande tumulto e até a indignação de muitos passantes.



Outros Flashmobs:
Em Nova York 500 pessoas se reuniram em uma loja de brinquedos e se ajoelharam diante de um dinossauro gigante em exposição.
Em Berlim no dia 20 de junho de 2006, milhares de pessoas pularam no mesmo horário, para supostamente alterar o eixo de rotação da Terra.
Em Londres ao som de uma música vário flashmobbers iniciaram uma coreografia e, no fim, saíram falando nos seus celulares.



Alguns links para os interessados:

http://www.flashmob.com
http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/flash-mob-ate-o-nome-chama-atencao.html

sábado, 25 de abril de 2009

Os colecionadores


Por Leticia Born

Os colecionadores representam uma tribo comumente taxada de “estranha” ou até mesmo “louca”. Mas eles possuem motivos muito pessoais para continuarem com sua atividade preferida. Seja por romantismo, nostalgia, compulsão, fetichismo, obsessão ou diversas outras combinações de instintos, os colecionadores preservam uma intensa satisfação em reunir objetos. Quase todos os praticantes dessa atividade têm um objetivo em comum: são capazes das maiores façanhas para conseguir mais uma peça em suas coleções. É normal que os colecionadores, sejam eles numismatas, filatelistas, conquilhologistas, miniaturistas, loterofilistas, escripofilistas e tantos outros, tenham histórias curiosas para contar e manias extremamente pessoais. Neste blog os colecionadores de cartoes telefonicos tem o seu espaco. Confira também aqui o Clube Filatélico do Brasil, que representa os colecionadores de selos.

O hábito curioso e divertido de colecionar acompanha o homem desde a Pré-história, quando os homens da caverna juntavam pedras e artefatos para sua sobreviência. Mas esse aspecto primitivo do ser humano evoluiu e atualmente, ajuntar evoluiu para colecionar, que por sua vez pode até possuir regras de catalogamento e organização.


Hoje em dia, além de hobby e capricho, colecionar virou profissão e cada vez mais esse exercício tem ampliado seus horizontes. A aliança entre comitês de colecionadores com museus é uma prática que vem ocorrendo com frequencia. Além disso, leilões de peças cobiçadas por colecionadores podem render uma fortuna para aqueles que as vendem. A venda da coleção pessoal de espingardas do guitarrista britânico Eric Clapton, por exemplo, chegou a 500 mil libras. Um porta-voz da casa inglesa de leilões responsável pela venda afirmou que ao contrário do que se esperava, o leilão atraiu em maior quantidade colecionadores de espingardas do que fãs propriamente ditos do músico.

Alguns colecionadores criam uma relação de ciúme com suas peças e preferem guardá-las para si próprio. Outros gostam mesmo é de expô-las e até fazer negócio com elas, como é o caso do colecionador de cédulas e moedas antigas, Antonio Salviano, morador da cidade de Itu, interior de São Paulo. O acervo de Antonio foi exposto em março deste ano em um espaço cultural da cidade, e contou com exemplares de dinheiro brasileiro desde 1914 a 2009, além de cédulas raras de Nepal, Tibet e Camboja.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Blogueiros II

Aqui vai um link interessante: biografia do Marcelo Tas, mencionado no post anterior.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

E os blogueiros?



Por Leticia Born



A tribo dos blogueiros não podia deixar de ser homenageada aqui no Tribos Paulistanas! Para fazer essa metalinguagem, nada melhor do que começar falando de como surgiu esse fenômeno cada vez mais frequente de se comunicar: o blog.

Para contextualizar um pouco a explosão blográfica, segundo estatísticas da Technorati, referência da blogosfera mundial, em 1999 existiam cerca de cinquenta blogs no mundo inteiro, número que pulou para quase 70 milhões em 2007. A cada dia, estima-se que um blog é criado a cada segundo que passa. O número assusta e chama a atenção para esse novo meio de comunicação livre e disseminado.

Uma curiosidade engraçada é que existe uma maior tendência para criar blogs nos meses de verão (Dezembro, Janeiro e Fevereiro). Isso deve ser devido ao maior tempo disponível nas férias. Outro fato curioso: cerca de 37% dos blogs existentes são escritos em japonês, seguido da língua em inglesa, com 36%. As outras línguas têm porcentagens mínimas em comparação às duas primeiras.

Mas e os blogueiros?
Hoje em dia, existem blogs dos mais variados assuntos: política, cinema, música, informática, gastronomia... Enfim, tudo que se possa imaginar!
Logo, elaborar um perfil único dos blogueiros é tarefa difícil, mas uma característica comum entre eles é inegável: o fato de querer cada vez mais escrever, melhorar e modernizar o blog. Além disso, pelo blog possibilitar a criação de redes de pessoas em torno de temáticas comuns, a comunicação e possibilidade de interação com outras pessoas é outra característica que atrai os blogueiros.
Não é a toa que diversos encontros são promovidos entre eles para que possam sair do ambiente virtual e se conhecer de verdade. Como é o caso deste encontro entreblogueiros que apreciavam o produto virtual um do outro. Ou aqui em que blogueiros se encontraram com o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab em 2008.

O Campus Party que aconteceu em São Paulo entre os dias 19 e 25 de janeiro deste ano pode ilustrar essa vontade de união e iniciativa presente nos blogueiros. O evento foi um encontro mundial de tecnologia, cultura digital e entretenimento em rede, e contou com a participação de diversos internautas, inclusive blogueiros. O evento foi amplamente discutido e comentado em diversos blogs do mundo. Confira uma das coberturas do evento.
Durante o desenrolar do Campus Party, foi lançado o Blogumentário, um filme que reúne uma coletânea de depoimentos de blogueiros conhecidos, como Marcelo Tas, Rosana Herman e Pedro Dória, etc.
O documentário mistura depoimentos da história pessoal de como cada entrevistado começou a blogar com reflexões sobre as características deste tipo de meio de comunicação.
Vale a pena conferir!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tribo dos Praticantes de Yoga


Ainda não se sabe muito bem a data do surgimento do Yoga, pois é certamente muito mais antigo que todos os registros que dele se conhecem. Por enquanto, o que se sabe é que surgiu na Índia, em mais ou menos 1900 a. C.. A Yoga sempre existiu, se formos vê-la como a movimentação do corpo, os primeiros Yogis não fizeram mais do que escutar e conhecer a própria natureza. No momento em que surgem condições favoráveis, o indivíduo consegue desenvolver o Yoga de maneira sistemática. No Brasil, teve início em 1947, quando trazido pelo frances Léo Costet de Mascheville, conhecido como Sêvananda Swámi. A partir daí, o crescimento foi inevitável.

Em uma cidade como São Paulo, que expõe a todos, diariamente ao estres, essa tribo não pára de aumentar. Principalemnte nos últimos anos, com a grande conscientização corporal. O Yoga prega a harmonização entre corpo e mente. São adeptos à Surya Namascar (saudação ao sol), sempre no nascer ou no pôr do sol. A reverência pode ser feita em qualquer lugar, desde que seja tranquilo. É por isso que essa tribo reúne-se sempre em viagens a lugares calmos, como praias, cachoeiras, montanhas... 0nde esquecem do mundo exterior e dedicam-se à prática corporal e à elevaçao mental, através da meditação.

O Yoga é inerente ao ser humano e esteve sempre vivo na memória da Humanidade, ele faz parte de nossa essência.

Alguns termos difundidos entre os praticantes do yoga:

Mantra: sons repetidos para acalmar a mente.

Chacras: são pontos de energia no corpo, ao todo são sete.

Namaste—“O Deus que habita em mim saúda o Deus que há em você.”

On: um mantra, é o primeiro som do universo.

Gaiatri: um dos mantras mais importantes, ele harmoniza todos os Chacras.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tribo dos Skatistas


Por Paula Pino

O skate nasceu nos Estados Unidos, mais precisamente na Califórnia, na década de 60 pelos surfistas. Não satisfeitos em surfar apenas nas ondas inventaram uma nova espécie de prancha sobre as quais eles pudessem surfar também nas épocas de maré baixa. A principio foi batizado de sidewalk surf  e em 1965 surgiram os primeiros campeonatos da modalidade. Mas foi nas décadas de 70 e 80 que o esporte se popularizou.

Na cidade de São Paulo existem muitos adeptos do esporte, e muitos deles são vítimas de preconceitos, pois muitos acham que skate é coisa de vagabundo que não tem o que fazer. Muitos garotos feras sobre as rodinhas conseguem se dá bem e competir em campeonatos de alto nível nacional e internacional, como o X Games , por exemplo, que roda o mundo e atualmente está na Ásia.

Skatistas brasileiros se dão muito bem no assunto, como é o caso de Sandro Dias, o Mineirinho, o único na história a fazer a manobra de 900° , e Bob Burnquist. Este ultimo é o skatista mais bem sucedido e o inventor da Mega Rampa  que esteve há pouco tempo em São Paulo.

Além de mandar bem nas manobras, o skatista tem um visual próprio.  Um skatista que se preze nunca deixa de lado as suas marcas preferidas como, Vans, Hurley, QIX, Element entre outras. Pedro , 18, adora suas roupas de marca e diz que isso ajuda na hora de conquistar uma gatinha, “tem umas menininhas que vem aqui só pra ver a gente andar de skate, então é sempre bom ta mais arrumado pra causar boa impressão”  ele  é freqüentador de uma nova área destinada ao skate na zona Oeste, na esquina da rua Cardoso de Almeida com a Dr. Arnaldo, praça com bowl e duas áreas de street. Para quem não sabe bowl, significa tigela em inglês parece uma parece uma piscina com o fundo arredondado e street, como o próprio nome já diz é a modalidade de rua.

Fique por dentro do mundo do skate!

Modalidades:

Street Style

Vert

Freestyle

Longboard downhill

DownHill Stand-up

Mini-rampas

Tribo dos Intercambistas


Por Leticia Born

Tanto na capital quanto na grande São Paulo, é cada vez mais comum os jovens fazerem intercâmbio. Mas claro que essa experiência não se restringe só aos paulistas, os brasileiros adoram uma viagem para o exterior. Não é a toa que ao pisar em qualquer outro país, seja na Europa, EUA, etc, certamente você vai se deparar com um brasileiro, sempre sorrindo, alegre e querendo aproveitar ao máximo a experiência no exterior. Para comprovar essa grande leva de intercambistas, só no ano de 2007, mais de 80 mil brasileiros fizeram intercâmbio.

Os intercambistas, no geral, têm um objetivo em comum: valorizar o currículo para uma melhor inserção no mercado de trabalho aqui no Brasil e de quebra, viver uma experiência única, que possibilita uma maior mundivivência pesssoal.

O leque de opções para a vivência no exterior é grande, e os intercambistas podem optar por: Curso de Idiomas, High School (passar seis meses ou um ano do colegial no exterior), Curso Técnico, Graduação, Extensão Universitária, Pós-Graduação, Estágio Remunerado, Trabalho Voluntário, Trabalho Remunerado, etc.

Esses dois blogs do Dr. Interâmbio dão muitas informações sobre as possibilidades que o intercâmbio oferece.

Passadas as infinitas burocracias (emissão do visto, o que levar, onde ficar, onde estudar, onde trabalhar, passagem..), ao chegar no local de destino, o intercambista normalmente passa por um período de adaptação, seja saudades dos amigos, da comida, ou da rotina. Mas normalmente, esse período de mais ou menos dois meses passa, e é aí que a vontade de não querer voltar mais para o Brasil começa. Os intercambistas passam a mergulhar na cultura local, conhecem pessoas diferentes, e simplesmente, começam a achar tudo melhor do que em sua cidade natal.

Neste blog, feito por Fábio Báscaras, que esteve dois anos na Austrália, podemos encontrar dicas, sugestões e relatos de como viver no país, feitas pelo próprio ex-intercambista.

É comum os brasileiros intercambistas, quando estão em seu novo país de moradia, se agreguem a outros brasileiros, o que pode dificultar o rápido aprendizado da língua estrangeira, mas por outro lado, facilita a convivência e a adaptação no país.

Aqui, diversas dicas e novidades relacionados ao intercâmbio podem ser encontradas.

O filme Euro Trip mostra as aventuras de um grupo de jovens que resolvem ir para oito países da Europa. Aqui neste trailer, podemos ver como é um pouco o choque cultural que acontece em um intercâmbio. O filme mostra situações engraçadas de uma viagem a um lugar com costumes e rotinas diferentes dos nossos.
http://www.youtube.com/watch?v=SeoX8MZd81E

Uma experiência de intercâmbio definitivamente abre a cabeça e é um ponto a mais na forte competição do mercado de trabalho atual.

domingo, 5 de abril de 2009

Tribo dos Micareteiros


Essa tribo normalmente é fã do tradicional carnaval de Salvador e espera com ansiedade o mês de fevereiro. No entanto, esses foliões sempre muito agitados e festeiros não conseguem ficar sem o ritmo da folia por muito tempo, e para prepararem o fôlego aproveitam as micaretas, que acontecem durante os 12 meses do ano nos quatros canto do país. São nos carnavais fora de época que os representantes da música popular brasileira, principalmente os de axé music, ganham as atenções do público, que comandam toda a folia, banhada com muita música, abadás, pegação e paqueras. Quem pensa que a palavra Micareta é uma criação tipicamente brasileira se engana. Pois, a folia é resultado de uma antiga festa francesa, a Mi-carême, que acontecia no país desde o século XV, sempre no meio da quarentena - período que antecede a Páscoa.

O primeiro contato brasileiro com o termo se deu na cidade baiana de Jacobina, em 1933, quando o jornal local "O Lidador" passou a estimular a realização de novas celebrações na cidade, inspirado pelo modelo francês. Com a popularização dos carnavais fora de época jacobinenses, em 35, o mesmo periódico aportuguesou a Mi-carême (que significa, literalmente, Meia-quarentena), transformando-a em Micareta. Os jornalistas também sugeriram outros nomes, que ficaram menos conhecidos, como "Bicarnaval", "Sertanejas Alegres" e "Refolia". Até os anos 90 a folia ficou restrita aos baianos, depois ganhou os holofotes em todo o Brasil e se transformou em uma febre entre os universitários e jovens em geral, de estados como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, entre outros. Os responsáveis por essa popularização do evento foram conjuntos novos e veteranos do axé, que ganharam destaque no país durante a década passada, como Banda Eva, Chiclete com Banana, Netinho, Jamil e Uma Noites, Babado Novo, Asa de Águia, Araketu, Ivete Sangalo, entre outros. Pode ser em cima do palco, no trio elétrico, ao ar livre, em indoor (dentro de casas noturnas) ou até no meio da multidão (tradicional "pipoca"), o que vale durante as micaretas é estar sempre disposto e preparado para encarar muitas horas de animação. Existe alguns provérbios e acessórios da Micareta, que não podem ficar fora da festa como:

Abadá - Vestuário obrigatório, com diferentes estilos, formatos e enfeites. Normalmente em forma de regata, que as mulheres cortam e estilizam de formas diferentes; Barangar - Beijar uma pessoa que não é considerada "bonita"; Ir Patrão – Entra VIP, com open bar gratuito; Beijar a Roda - Beijar pessoas de um mesmo grupo de amigos ou amigas; Chegar beijando - O nome já diz tudo, se aproximar de alguém e já beijar de cara, sem conversa alguma( o que costuma muito acontecer); Chicleteiro - Micareteiros viciados em Chiclete com Banana, exaltados com músicas como, “chicleteiro eu, chicleteira ela...” ou “Oh maluquete de quem você é tiete, eu sou, sou tiete do chiclete”, entre outras; Zerar - Não beijar ninguém na balada; Casar - Beijar uma única pessoa por muito tempo ou ficar a festa inteira com ela; 2 dígitos - Beijar mais de 9 pessoas e menos de 100; Passar o Rodo - Beijar vária(o)s menina(o)s durante o evento, com o objetivo de chegar aos "2 dígitos"; Esquenta - Beber antes de entrar, indispensável para o ínicio da micareta. Normalmente, acontece nos estacionamentos do evento com muitas pessoas, bebidas e curtição. Às vezes, devido ao dinheiro ou por ter esgotado os ingressos, muitos foliões vão até o esquenta e não entram na festa; Guia- Colares feitos de miçangas coloridas representativas de orixá, na religião de umbanda. Entretanto, muito usadas em micaretas, com esse colar os foliões se identificam por ser micareteiro ou não. A cor tradicional é azul com branco.

Atualmente o que está acontecendo muito nessas festas é a versatilidade dos estilos musicais, uma mistura de shows de pop/rock, música eletrônica, reggae, pagode, tudo na mesma festa. Com isso, promove o encontro de diferentes tribos com a fusão de gêneros e estilos. Se, por acaso, no meio de uma multidão de pessoas você se deparar com alguém que quase nada conhece da música baiana, não se assuste, afinal você está em uma micareta. Além dos fãs desse tipo de festa, que sabem na ponta da língua todas as músicas do momento e os principais representantes do gênero, existem aqueles que procuram os "carnavais fora de época" pelo clima de folia. São fãs de música eletrônica, freqüentadores de bailes funk, ou gente que nunca comprou um CD de axé na vida, mas que está lá para se divertir. E por buscar diversão, essa festa conta com um público de faixa etárias muito diferentes, como esse casal:

Aos interessados em shows, eventos, modas de abadas, hábitos ou gírias dessa tribo, ai vai alguns sites e comunidades para vocês ficarem por dentro de mais informações: -- http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26551412

- http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=2163931

- http://www.obaoba.com.br

- www.auefolia.com.br

- www.guerreirosdafolia.com.br

- www.atrasdotrio.com.br

* Veja também, a um vídeo de Daniela Suzuki em seu programa no Multishow, quando a apresentadora falou das tribos de micareteiros e obteve declarações de Claudinha Leite e Durval, do Asa de Águia.

http://www.youtube.com/watch?v=5t5TWSPG_Gc

Para encerrar a matéria fique agora com uma simples Oração dos micareteiros:

Pai nosso que estais no trio
Santificado seja o nosso abadá
Venha a nós a nossa micareta
Seja feito o nosso axé
Assim na pista como no camarote
A felicidade nossa de cada dia que nos dai hoje
Perdoai as pessoas que não foram
Assim como nós perdoamos a quem bebeu demais
E atrapalhou nossa micareta
Deixar-nos cair em tentação
Mas livrai-nos dos tocos
Amém!

Pelo menos para os micareteiros, carnaval é carnaval todos os meses do ano!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A tribo das Patricinhas

por Paula Pino

Há quem diga que elas são fúteis, metidas e que vivem em um mundo cor de rosa gastando dinheiro com roupas e acessórios, salão de beleza, mas a vida de uma patricinha não é feita apenas de shopping, moda, beleza e glamour. Ao contrário de que muitos pensam nem toda patricinha é rica, metida e sai estourando o limite do cartão de crédito por aí, elas são que nem todas as garotas, com a diferença de que se preocupam bastante com o visual e a boa aparência e isso não significa que não estudam e não tão nem aí para nada exceto para a beleza.

A vida das patricinhas foi bem retratada pelo filme “As Patricinhas de Beverly Hills”, de 1996, que mostra a vida de uma garota, muito rica, de 15 anos e suas amigas no colegial. No inicio as meninas são retratadas como alienadas, fúteis, que só passam o tempo fazendo compras e aproveitando toda a popularidade que tem na escola, até que um rapaz totalmente diferente disso aparece na vida de Cher, interpretada por Alicia Silverstone, que a faz acreditar que ela não é tudo isso que dizem e que ela é capaz de ajudar o próximo.


Outro filme que retrata também o preconceito contra essas meninas é o Legalmente Loira, de 2002, que também por causa de um homem, a garota decide mudar a sua vida e acaba saindo dos shoppings para a faculdade de Direito de Harvard , para reconquistar o amado, ao decorrer do filme, Elle, interpretara por Reese Witherspoon, acaba se envolvendo numa batalha para acabar com o preconceito de as patricinhas serem ignorantes e fúteis e acaba entrando na justiça para defender os direitos da mulher.


Em São Paulo existem muitas patricinhas, desde aquelas mais abastadas que freqüentam o eixo Iguatemi-Daslu-Oscar  Freire, até as que se vestem e com roupas da popular rua José Paulino. Para as elas o importante não é ter dinheiro, mas sim estilo e vontade de se arrumar. Para Luisa, 18, o importante é querer estar bem vestida, com o cabelo bonito e unhas feitas, sem se esquecer da maquiagem, ela que é freqüentadora assídua do Iguatemi sempre quando pode dá uma passadinha lá para ver as ultimas novidades, mas ela diz que usa de tudo “não tenho problema de usar uma roupa da C&A, por exemplo, se ela for bonita e eu gostar não tem porquê não, acho importante saber combinar as peças, as vezes tem gente que está só com roupas de marca e está brega, assim não dá!”

Mas não é só roupas de marca que essas meninas usam. Em São Paulo existem várias baladas onde encontramos um monte delas como Lotus, Pacha, Disco, Pink Elephant, Heaven entre outras, mas os preços não são nada convidativos exceto para as que tem uma conta bancária mais generosa. As entradas vão pra mais de 40 reais para mulher, fora a consumação que geralmente não é nada barata.

Aqui vão algumas gírias dessa tribo para você não fica muito por fora quando conversar com uma patricinha legitima!

Abalar: Estar linda, Arrasar.. 
Babado: Confusão. 
Chocar: Impressionar. 
Clean: Visual limpo.. 
Cute: Fofo. 
Dar um tapa: Se produzir. . 
Fazer uma noite: Sair pra noite com a intenção de arrasar. 
Fofo: Bonito. 
Hi: Oi. .. 
In: Está na moda.
Look: Visual.
Looser: Alguém fracassado.
Makeover: Remodelagem. 
Miga: Amiga. 
More: Amor ou amiga. 
Na Night: Qualquer lugar à noite. . 
Out: Está por fora.
Passado: Que está fora de moda. 
Show: Demais. 
So so: Mais ou menos. 
Totally: Totalmente. 
Unfashion: Uma pessoa brega.
Whatever: Que seja